Intervenção de Carlos Tomé
NA APRESENTAÇÃO DOS CANDIDATOS DA CDU À CÂMARA E ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TORRES NOVAS
No dia 4 de Maio, no salão da Junta de Freguesia da Ribeira Branca
Intervenção apresentação candidatura
Boa tarde a todos.
As próximas eleição autárquicas são o acto político mais importante que temos pela frente. Desta vez não são umas eleições quaisquer que se apresentam para cumprir calendário, com a normalidade de todos os vulgares actos eleitorais. Nunca como agora estas eleições estiveram tão intimamente ligadas aos grandes assuntos do país. A gravíssima situação do país, provocada pela política assumidamente de direita de um governo autista e na sequência da assinatura pelo PS, PSD e CDS de um pacto de agressão ao nosso país, não nos pode deixar indiferentes.
No que diz respeito à vida do Poder Local democrático, a postura do governo e da coligação de direita que o sustenta tem sido gizada apenas com um único e claríssimo objectivo: acabar com ele. O governo PSD / CDS tem, pura e simplesmente, este desígnio: subverter e liquidar o poder mais próximo dos cidadãos, aquele que emana mais directamente do espírito do 25 de Abril, aquele que pode ser controlado mais eficazmente por quem o cria.
O processo tem sido claro e inequívoco. Extinguem-se mais de mil freguesias num processo rocambolesco e numa atitude política escandalosa, reduzem-se os quadros de pessoal nas autarquias, aplica-se o garrote de asfixia financeira no pescoço das câmaras e das juntas, retira-se-lhes milhões de euros a que têm direito, corta-se na sua autonomia escarrando nos princípios constitucionais, inventa-se uma nova lei das finanças locais para espremer ainda mais as autarquias, criam-se comunidades intermunicipais não eleitas que vão substituindo paulatinamente os municípios que são eleitos, quer-se alterar a lei eleitoral para as autarquias transformando-as em pequenos principados sem oposição.
Enfim, é todo um cortejo de medidas escandalosas especialmente destinadas a acabar com o poder local tal como o conhecemos, como expressão democrática resultante da vontade do povo.
E claro que estas medidas não são apresentadas de forma isolada, antes surgem de modo perfeitamente natural, como consequência directa e necessária da perspectiva política deste governo.
Por isso, é preciso, é urgente, lutar contra esta política quanto antes, antes que seja tarde. Antes que estejamos perante factos consumados. É preciso que não desistamos, que nos mantenhamos de pé, e com a lucidez norteada pelo trabalho colectivo e por um projecto coerente.
A democracia espera que a defendamos, que lutemos por ela. Não devemos ter medo das palavras. Está em causa a perda da democracia conquistada há 39 anos, a qual vai sendo ameaçada de cada vez que uma medida autoritária é decidida. Não podemos calçar as pantufas e virar costas a esta ofensiva. Não temos esse direito. Cada um, desta ou daquela maneira, na sua localidade, no bairro, no local de trabalho, na colectividade, na freguesia ou no município, tem a obrigação de não desistir e de participar activamente na defesa de um país com direitos.
No nosso concelho, como noutros, a CDU apresenta-se como a única força organizada de esquerda, com um projecto político coerente e consequente, com trabalho diário em vários sectores da nossa vida, que já deu mostras desde há muitos anos de nela se poder confiar. Não é por acaso que a CDU é conhecida de todos por ser de confiança. É na esquerda que está a opção. Mas é especificamente na CDU que reside a confiança. As pessoas sabem que a CDU não trai. Aqui acredita-se em princípios, defendem-se ideias e projectos colectivos.
É na CDU que estão as mulheres e os homens que não viram a cara à luta, que não alinham em jogos de poder, que fazem das tripas coração para defender a justiça e os direitos de quem não tem voz, de quem tem mais dificuldades na vida, de quem trabalha e sofre na pele as agruras diárias de viver de pé, que agem de forma séria e empenhada na defesa do movimento associativo, ou das suas freguesias, ou do direito ao acesso aos cuidados de saúde, ou à preservação dos valores que caracterizam esta comunidade.
Os homens e mulheres da CDU eleitos nos diversos órgãos das autarquias do nosso concelho já deram provas mais do que suficientes que merecem a confiança de todos.
Na luta pela defesa das freguesias e contra a sua extinção, a CDU primou por estar no primeiro plano, dinamizando-a e tomando a dianteira na mobilização da população contra essa medida altamente gravosa para o nosso país.
No nosso concelho, os casos do Manuel Ramos e do Sérgio Formiga, respectivamente presidente da Junta de Freguesia de Lapas e da Ribeira Branca (os quais saúdo fraternalmente) são sintomáticos do empenhamento e da convicção política inquebrantável que a CDU coloca na sua postura. Sem tibiezas, nem navegações em areias movediças, nem alinhamento em caldinhos de miríficas vantagens, os activistas da CDU não fugiram a dar o corpo às balas. E enfrentaram tudo e todos nesta luta.
Também na defesa do direito à saúde, contra a saída das valências e consequente esvaziamento do Hospital de Torres Novas, na defesa dos postos médicos, na defesa da água pública e contra a sua privatização, na defesa dos serviços públicos de proximidade, da escola pública contra os mega-agrupamentos e em defesa da qualidade do ensino, os autarcas da CDU sempre se destacaram nestas lutas e assumem-nas como caminhos a trilhar sem concessões.
O poder rosa do PS que gere a Câmara Municipal de Torres Novas há 20 anos, pretende manter uma perspectiva autocrática de mandar em tudo, de tudo controlar, sem respeito pela vontade das populações ou sequer por vozes discordantes. Sem respeito pelo mais simples respirar democrático.
Foram 20 anos de poder rosa, um caminho conscientemente traçado sem olhar a meios para atingir fins de domínio de tudo o que mexa no concelho. E de tentar amordaçar todos os que ousam levantar a sua voz de oposição ao poder instalado, de denúncia do que está mal, de recusa de se curvar perante os monarcas de hoje que sonham que neste concelho apenas existam os salamaleques beijoqueiros, as vénias venerandas, os corcundas de tanto flectirem o costado à espera de uma prebenda ou de um lugar ao sol.
Os 20 anos de poder rosa são de tal modo mistificadores que parece ser absolutamente natural, para quem gere o poder, publicar a obra do regime à custa de dinheiros públicos, em acto desavergonhado de pura propaganda eleitoral.
No início destes 20 anos sobressaíram, à custa de fundos comunitários, as obras megalómanas, os avantajados palácios dos desportos, mas também as eternas promessas eleitorais do Shiva Som da Quinta do Marquês hipoteticamente financiado pelo BPN, as 7.000 vivendas para reformados escandinavos do Boquilobo Golf, a Universidade Lusíada de boa memória. Anunciaram-se os novos e espampanantes paços do concelho com loja do cidadão acoplada e agora sobram os equipamentos abandonados à espera de uso, alheados das funções para que foram criados ao mesmo tempo que crescem os atropelos ao rigor dos investimentos públicos.
Agora, de há uns anos para cá, o marasmo e o deixa-andar espalham-se por todo o concelho, os buracos nas estradas esperam e desesperam por uma pazadas de alcatrão, os equipamentos e espaços públicos desmazelam-se à míngua da necessária manutenção, as promessas arrastam-se de ano para ano suspirando por melhores dias e a câmara enxota a sua responsabilidade para cima dos outros, dos de cima, dos do governo, da crise, sempre para cima da crise.
Nestes 20 anos de regime rosa sobressaiu a asfixia das colectividades, o desprezo pelo movimento associativo, o corte cerce dos apoios, o completo esquecimento relativamente às Juntas de Freguesia que dantes entravam na câmara pela porta do cavalo e agora não entram por porta nenhuma.
Das duas décadas do poder rosa ressalta a perspectiva de pôr os clubes e as colectividades a financiar a câmara e a empresa municipal que sobrevive graças à engenharia contabilística e às finanças municipais.
E descansam nos estaleiros, durante meses seguidos, as máquinas e equipamentos da câmara que não podem sair à rua porque não há dinheiro para lhes pagar o seguro ou simplesmente para as abastecer de gasóleo.
E numa vã tentativa de safar os cofres municipais, asfixiam-se os munícipes com taxas e mais taxas até estes estrebucharem de tanto peso às costas.
É esta a verdadeira imagem do poder rosa. Mas não tenham esperanças vãs. Ela não aparecerá no tal livro de propaganda das obras do regime. O livro será ornamentado com fotos coloridas das obras, mas irá esquecer o negro da cumplicidade com as decisões de encerramento dos postos médicos e de aniquilamento do Hospital, do desprezo pelas colectividades, juntas e população das freguesias, da prepotência de quem pensa ser o dono do concelho, da injustiça na definição das taxas e da iniquidade na perspectiva de rentabilização comercial dos equipamentos públicos.
Por tudo isto, é preciso que se altere este panorama. É urgente que se mude este estado de coisas. E por isso, é necessária uma alternativa séria a esta imagem nefasta do Poder Local. E só a CDU constitui essa alternativa. Precisamente porque é a única força de confiança. E já deu provas mais do que suficientes de que merece essa confiança.
Juntos conseguiremos dar corpo a essa alternativa. É por isso que aqui estamos.
Viva a CDU !
Carlos Tomé, 04.05.13Ver mais
NA APRESENTAÇÃO DOS CANDIDATOS DA CDU À CÂMARA E ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TORRES NOVAS
No dia 4 de Maio, no salão da Junta de Freguesia da Ribeira Branca
Intervenção apresentação candidatura
Boa tarde a todos.
As próximas eleição autárquicas são o acto político mais importante que temos pela frente. Desta vez não são umas eleições quaisquer que se apresentam para cumprir calendário, com a normalidade de todos os vulgares actos eleitorais. Nunca como agora estas eleições estiveram tão intimamente ligadas aos grandes assuntos do país. A gravíssima situação do país, provocada pela política assumidamente de direita de um governo autista e na sequência da assinatura pelo PS, PSD e CDS de um pacto de agressão ao nosso país, não nos pode deixar indiferentes.
No que diz respeito à vida do Poder Local democrático, a postura do governo e da coligação de direita que o sustenta tem sido gizada apenas com um único e claríssimo objectivo: acabar com ele. O governo PSD / CDS tem, pura e simplesmente, este desígnio: subverter e liquidar o poder mais próximo dos cidadãos, aquele que emana mais directamente do espírito do 25 de Abril, aquele que pode ser controlado mais eficazmente por quem o cria.
O processo tem sido claro e inequívoco. Extinguem-se mais de mil freguesias num processo rocambolesco e numa atitude política escandalosa, reduzem-se os quadros de pessoal nas autarquias, aplica-se o garrote de asfixia financeira no pescoço das câmaras e das juntas, retira-se-lhes milhões de euros a que têm direito, corta-se na sua autonomia escarrando nos princípios constitucionais, inventa-se uma nova lei das finanças locais para espremer ainda mais as autarquias, criam-se comunidades intermunicipais não eleitas que vão substituindo paulatinamente os municípios que são eleitos, quer-se alterar a lei eleitoral para as autarquias transformando-as em pequenos principados sem oposição.
Enfim, é todo um cortejo de medidas escandalosas especialmente destinadas a acabar com o poder local tal como o conhecemos, como expressão democrática resultante da vontade do povo.
E claro que estas medidas não são apresentadas de forma isolada, antes surgem de modo perfeitamente natural, como consequência directa e necessária da perspectiva política deste governo.
Por isso, é preciso, é urgente, lutar contra esta política quanto antes, antes que seja tarde. Antes que estejamos perante factos consumados. É preciso que não desistamos, que nos mantenhamos de pé, e com a lucidez norteada pelo trabalho colectivo e por um projecto coerente.
A democracia espera que a defendamos, que lutemos por ela. Não devemos ter medo das palavras. Está em causa a perda da democracia conquistada há 39 anos, a qual vai sendo ameaçada de cada vez que uma medida autoritária é decidida. Não podemos calçar as pantufas e virar costas a esta ofensiva. Não temos esse direito. Cada um, desta ou daquela maneira, na sua localidade, no bairro, no local de trabalho, na colectividade, na freguesia ou no município, tem a obrigação de não desistir e de participar activamente na defesa de um país com direitos.
No nosso concelho, como noutros, a CDU apresenta-se como a única força organizada de esquerda, com um projecto político coerente e consequente, com trabalho diário em vários sectores da nossa vida, que já deu mostras desde há muitos anos de nela se poder confiar. Não é por acaso que a CDU é conhecida de todos por ser de confiança. É na esquerda que está a opção. Mas é especificamente na CDU que reside a confiança. As pessoas sabem que a CDU não trai. Aqui acredita-se em princípios, defendem-se ideias e projectos colectivos.
É na CDU que estão as mulheres e os homens que não viram a cara à luta, que não alinham em jogos de poder, que fazem das tripas coração para defender a justiça e os direitos de quem não tem voz, de quem tem mais dificuldades na vida, de quem trabalha e sofre na pele as agruras diárias de viver de pé, que agem de forma séria e empenhada na defesa do movimento associativo, ou das suas freguesias, ou do direito ao acesso aos cuidados de saúde, ou à preservação dos valores que caracterizam esta comunidade.
Os homens e mulheres da CDU eleitos nos diversos órgãos das autarquias do nosso concelho já deram provas mais do que suficientes que merecem a confiança de todos.
Na luta pela defesa das freguesias e contra a sua extinção, a CDU primou por estar no primeiro plano, dinamizando-a e tomando a dianteira na mobilização da população contra essa medida altamente gravosa para o nosso país.
No nosso concelho, os casos do Manuel Ramos e do Sérgio Formiga, respectivamente presidente da Junta de Freguesia de Lapas e da Ribeira Branca (os quais saúdo fraternalmente) são sintomáticos do empenhamento e da convicção política inquebrantável que a CDU coloca na sua postura. Sem tibiezas, nem navegações em areias movediças, nem alinhamento em caldinhos de miríficas vantagens, os activistas da CDU não fugiram a dar o corpo às balas. E enfrentaram tudo e todos nesta luta.
Também na defesa do direito à saúde, contra a saída das valências e consequente esvaziamento do Hospital de Torres Novas, na defesa dos postos médicos, na defesa da água pública e contra a sua privatização, na defesa dos serviços públicos de proximidade, da escola pública contra os mega-agrupamentos e em defesa da qualidade do ensino, os autarcas da CDU sempre se destacaram nestas lutas e assumem-nas como caminhos a trilhar sem concessões.
O poder rosa do PS que gere a Câmara Municipal de Torres Novas há 20 anos, pretende manter uma perspectiva autocrática de mandar em tudo, de tudo controlar, sem respeito pela vontade das populações ou sequer por vozes discordantes. Sem respeito pelo mais simples respirar democrático.
Foram 20 anos de poder rosa, um caminho conscientemente traçado sem olhar a meios para atingir fins de domínio de tudo o que mexa no concelho. E de tentar amordaçar todos os que ousam levantar a sua voz de oposição ao poder instalado, de denúncia do que está mal, de recusa de se curvar perante os monarcas de hoje que sonham que neste concelho apenas existam os salamaleques beijoqueiros, as vénias venerandas, os corcundas de tanto flectirem o costado à espera de uma prebenda ou de um lugar ao sol.
Os 20 anos de poder rosa são de tal modo mistificadores que parece ser absolutamente natural, para quem gere o poder, publicar a obra do regime à custa de dinheiros públicos, em acto desavergonhado de pura propaganda eleitoral.
No início destes 20 anos sobressaíram, à custa de fundos comunitários, as obras megalómanas, os avantajados palácios dos desportos, mas também as eternas promessas eleitorais do Shiva Som da Quinta do Marquês hipoteticamente financiado pelo BPN, as 7.000 vivendas para reformados escandinavos do Boquilobo Golf, a Universidade Lusíada de boa memória. Anunciaram-se os novos e espampanantes paços do concelho com loja do cidadão acoplada e agora sobram os equipamentos abandonados à espera de uso, alheados das funções para que foram criados ao mesmo tempo que crescem os atropelos ao rigor dos investimentos públicos.
Agora, de há uns anos para cá, o marasmo e o deixa-andar espalham-se por todo o concelho, os buracos nas estradas esperam e desesperam por uma pazadas de alcatrão, os equipamentos e espaços públicos desmazelam-se à míngua da necessária manutenção, as promessas arrastam-se de ano para ano suspirando por melhores dias e a câmara enxota a sua responsabilidade para cima dos outros, dos de cima, dos do governo, da crise, sempre para cima da crise.
Nestes 20 anos de regime rosa sobressaiu a asfixia das colectividades, o desprezo pelo movimento associativo, o corte cerce dos apoios, o completo esquecimento relativamente às Juntas de Freguesia que dantes entravam na câmara pela porta do cavalo e agora não entram por porta nenhuma.
Das duas décadas do poder rosa ressalta a perspectiva de pôr os clubes e as colectividades a financiar a câmara e a empresa municipal que sobrevive graças à engenharia contabilística e às finanças municipais.
E descansam nos estaleiros, durante meses seguidos, as máquinas e equipamentos da câmara que não podem sair à rua porque não há dinheiro para lhes pagar o seguro ou simplesmente para as abastecer de gasóleo.
E numa vã tentativa de safar os cofres municipais, asfixiam-se os munícipes com taxas e mais taxas até estes estrebucharem de tanto peso às costas.
É esta a verdadeira imagem do poder rosa. Mas não tenham esperanças vãs. Ela não aparecerá no tal livro de propaganda das obras do regime. O livro será ornamentado com fotos coloridas das obras, mas irá esquecer o negro da cumplicidade com as decisões de encerramento dos postos médicos e de aniquilamento do Hospital, do desprezo pelas colectividades, juntas e população das freguesias, da prepotência de quem pensa ser o dono do concelho, da injustiça na definição das taxas e da iniquidade na perspectiva de rentabilização comercial dos equipamentos públicos.
Por tudo isto, é preciso que se altere este panorama. É urgente que se mude este estado de coisas. E por isso, é necessária uma alternativa séria a esta imagem nefasta do Poder Local. E só a CDU constitui essa alternativa. Precisamente porque é a única força de confiança. E já deu provas mais do que suficientes de que merece essa confiança.
Juntos conseguiremos dar corpo a essa alternativa. É por isso que aqui estamos.
Viva a CDU !
Carlos Tomé, 04.05.13Ver mais
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